Um dos lados da coleccção bipolar, um híbrido entre dois autores que podem ter tudo ou nada em comum.
 
"Este Todos Somos Vermes é um mar de inquietação lúcida: a inquietação de quem se interroga e questiona os seus caminhos, os seus tempos de ínti- ma construção, os seus medos, o alcance dos horizontes. Com a coragem da revelação desvendada e a bravura de quem se expõe desnuda. Poderia aqui citar excertos de vários dos P(ros)emas que mais me sensibilizaram, como o Assombro das coisas simples, Aracne, Prece ao sal, Vermelho sangue, Por fim e alguns outros, em que a vida interior da autora (?) se nos desvenda e o discurso roça orgulhosamente a estética surrealista sempre tão bem vinda. Quero ainda, relevar a lucidez atenta da Carla Moreira, as suas preocu- pações sociais bem expressas em No Tempo dos anti-heróis e Ruínas, por exemplo. A recordarem-me O Afilhado do Vitorino Nemésio." 
 
in Prefácio por Afonso Dias